domingo, 16 de dezembro de 2007

Deficientes em Portugal, Esquecidos por tudo e por todos

O Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE) e o Centro de Reabilitação Profissional de Gaia, revelaram que as pessoas com deficiências e incapacidades são 8,2 por cento da população portuguesa, têm rendimentos baixos, baixa escolaridade e, sem o perceberem, enfrentam discriminação.

Os dados foram revelados ontem na Conferência ‘Mais Qualidade de Vida para as Pessoas com Deficiências e Incapacidades – Uma Estratégia para Portugal’ realizada no Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa (ISCTE), em Lisboa.

As duas instituições apontam números impressionantes:

67,9 por cento dos deficientes são mulheres, em média com 58 anos, que 78,3 por cento são analfabetos ou só têm o 1.º Ciclo e que 49,3 por cento vivem em agregados com rendimento mensal até 600 euros. O estudo mostra ainda que 32 por cento dos deficientes usufruíram de apoios e serviços do sistema de reabilitação e que 92 por cento não se sentem discriminados pela sociedade em geral.

15 005 indivíduos é a dimensão da amostra do estudo do Centro de Reabilitação Profissional de Gaia e do ISCTE.

E A REINSERÇÃO SOCIAL POR ONDE ANDA ?

Ao constatar estes números lembrei-me dos subsídios da intitulada Reinserção Social (antigo Rendimento Mínimo Garantido).

Estes tipo de subsídios não seria melhor aplicado a cidadãos deficientes do que a cidadão (nacionais e outros) que por aí proliferam a viver à custa do erário público?
Não seria melhor aplicado a cidadãos com deficiência, ou a quem trate deles, do que aplicar os subsídios de Reinserção Social a cidadãos só por que são ciganos ou de outras das intituladas minorias étnicas.

Já agora! Será que alguém me explica o que é isso das minorias étnicas?

È que eu só conheço cidadãos portugueses. E, que eu saiba, não existe ninguém nem a maioria nem em minoria. O que existem são portugueses de pleno direito. È português, é português. O que é isso das minorias étnicas ?

E, isto, já para não falar nos “profissionais” do subsídio.

A questão dos cidadãos deficientes tem de ser encarada de frente. È aqui que a sociedade em geral deve contribuir e participar.

Manuel Abrantes