segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Portugal Diário - 10/11/07

PND: Monteiro quer racistas fora do partido
2007/11/10 22:53
E se os elementos de extrema-direita não saírem serão expulsos, advertiu.

O líder do PND, Manuel Monteiro, disse este sábado em Guimarães que «vai pedir a saída do partido aos militantes nacionalistas que comprovadamente tenham posições racistas ou xenófobas».

O dirigente partidário adiantou aos jornalistas que o Conselho Geral reprovou a moção que pedia a demissão da direcção e a convocação imediata de um congresso extraordinário.

A moção, subscrita por Susana Barbosa, líder da distrital de Aveiro, e que tinha o apoio da ala nacionalista - foi derrotada por 76 por cento dos votos dos conselheiros presentes no Conselho Geral que decorreu no Centro Cultural Vila Flor, em Guimarães.

Apesar de sublinhar que «as pessoas são todas de respeitar, sejam de que área política forem», Monteiro advertiu os militantes nacionalistas, oriundos da extrema-direita organizada, e que se filiaram no PND, que «o Conselho de Jurisdição actuará».

«Pediremos a saída do partido de todos os que têm textos, ou participam em blogues ou sites apelando ao racismo e a xenofobia», garantiu. Monteiro avisou que, se não saírem, «será accionado um procedimento disciplinar com vista à sua imediata expulsão».

Manuel Monteiro adiantou que vai continuar na liderança do PND, mesmo com estatuto de líder demissionário, pelo menos, até ao congresso a realizar em meados de 2008.

A reunião magna do PND, que durou quase cinco horas, começou envolta em polémica e expectativa, depois de Monteiro ter declarado a intenção de expulsar os militantes que tenham pertencido ao partido nacionalista PNR - gerando a revolta de José Manuel Castro, militante da Nova Democracia, líder do recém-criado Movimento Nacionalista e advogado do alegado «skinhead» Mário Machado.

Enfrentando a polémica, Monteiro assegurou que o PND «é de direita e conservador, mas tem respeito pelo homem». «Por isso, não aceitarei que estejam aqui pessoas que possam, directa ou indirectamente, participar ou apelar a qualquer manifestação racista ou xenófoba», advertiu.

No entanto, o líder da Nova Democracia afirmou-se crítico do actual modelo da União Europeia, discordando que o país «abra as portas de par em par aos imigrantes». «Acho que isso é negativo para a nossa segurança e a nossa economia», justificou.

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