sexta-feira, 28 de dezembro de 2007

Hecatombe nas estruturas da saúde

De uma só vez, o Governo fechou á meia-noite cinco serviços de saúde no distrito de Vila Real, os SAP de Alijó (onde os habitantes fizeram uma vigília) Murça e Vila Pouca de Aguiar, o bloco de partos do Hospital de Chaves (cujos funcionários foram proibidos de falar) e o Serviço de Urgência do Hospital D.Luis I, em Peso da Régua.

Ás populações afectadas (quase diremos, atacadas) restam como alternativa deslocar-se a Vila Real, cuja unidade, já sobrelotada, dista, no caso mais próximo, cerca de 47Km.

Têm portanto, em caso de urgência ou parto, estes infelizes portugueses que se deslocar pela chuva, gelo e neve em distâncias que medeiam entre os 50 e os 100 km.

No dia 27 á noite, uma criatura que foi apresentada como um tal Director Geral da ARS Norte, balbuciava na SIC, claramente pouco convencido do que dizia, que a população não tinha que se preocupar porque as estradas até eram boas e, imagine-se a benesse, até se tinham adquirido 12 (doze ?!) ambulâncias novas!

Mas será que esta gente perdeu a vergonha?!Ou pensam que os Portugueses são parvos?!

Então agora são obrigados a nascer nas estradas ou a fazer rallys para irem a uma urgência?! E a morrer pelo caminho?

O Governo destrói as estruturas de saúde de proximidade, porquê?

Decididamente a classe politica perdeu todo o decoro! E já nem esconde o desprezo que sente pelos Portugueses!

Mas a questão de fundo mantém-se, sempre, inexorável: A quem serve esta gente?

O Presidente
José Manuel de Castro

Um comentário:

Anônimo disse...

Continua a politica de desertificação do interior do país.
Pelo que me parece está a ser bem sucedida.
Agora só falta fechar algumas escolas e alguns organismos públicos, para que o nosso interior fique igual ao deserto do Nevada, onde para se encontrar um ser vivo têm que se percorrer mais de 100kms.
Este governo perdeu a vergonha por completo.

marcorijo